domingo, 29 de agosto de 2010

ESTAMOS AQUI... NO RIO CUIABÁAAAAAA...

Momento descontração. Mas tem um propósito.

Vejam atentamente e depois voltemos a conversar...


Pronto. Já relaxaram? Riram? Não? Não os culpo. É tosco mesmo. Mas vamos pensar...

Trata-se de um vídeo mais velho que andar para atrás. Eu e minha amiga Layla fizemos em meados de 2008, à caminho de um evento da UNE. A idéia era só uma brincadeira, mas a interpretação, não.

Surgiu em uma efervecente manifestação no curso de Comunicação Social da UFMT, quando eu era graduando em jornalismo. Na época, algum salafrário tinha roubado uma câmera de grande valor para o curso, e estávamos putos com aquilo. Fomos cobrar da reitoria mais segurança no Campus. Cada um criou uma personagem. Contávamos com o apoio de vários professores, como IURY (é assim que escreve o nome dele?), hoje na UNIRONDON e Emanuel, hoje, colega de UNIC.

Era um protesto criativo, sem quebra-quebra.

Conversamos. Atraímos a imprensa. No fim conseguimos o que queríamos. Daquele momento em diante, a segurança na UFMT mudou radicalmente. Para o bem e para o mal.

Lembram daquela frase popular "Cuidado com o que desejas... Pode vir a ser-te concedido"? Pois é. Se de um lado, a segurança melhorou, do outro surgiram questões polêmicas. Câmeras de vigilância, a polícia militar no campus... A opinião dos estudantes se dividiu. Michel Foucault foi invocado do túmulo. Seu livro Vigiar e punir era citado constantemente, como forma de legitimar a opinião de que as câmeras e o policiamento eram uma forma de controlar os estudantes.

Por outro lado, um movimento iniciado pelo Núcleo Interinstitucional de Estudos sobre a Violência e a Cidadania (NIEVCi) debatia e articulava políticas públicas sobre esta questão, tanto na universidade como nas escolas públicas do estado.

Um bom debate. Mostrou que a comunidade acadêmica era humana. Sim. Humana. Facilmente cooptada por ideologias e imersa na dimensão do senso comum. Deuses caiam dos altares. Humanos se sentiam divindades. Anarquistas faziam anarquices...

O interessante foi o questionamento. Foi o debate sobre questões interssantes, de interesse coletivo. Teve muita cretinice e autores sendo interpretados de forma pseudo-concreta? Teve. Mas também muito senso crítico.

Façamos isso. Vamos questionar e pensar. Primeiro a nós mesmos. Depois aquilo que se refere à teia que forma o tecido social. Sejamos críticos verdadeiramente, analisando friamente se determinada postura ou idéia que consideramos como nosso motor não passa de uma meia-verdade oriunda de maquinações de outrem.

Muitos falam que aqueles os acreditam nas falas de indivíduos que usam a mídia como trampolim para a política são alienados. Primeiro, acredite, todos o somos. A auto-crítica, a ironia e o humor são excelentes ingredientes terapêuticos para nossos recalques e para os mal-estares da contemporâneidade.

O palhaço zumbi: antropofagia circense. Rebelde e amargurado com a sociedade,
não assume que come o pão e atua no circo. Será que se ele começar a
rir de si mesmo, não acharia graça no mundo?
Cada um tem suas alienações particulares, seus vícios e virtudes. Relativizar todo este complexo nos amplia o campo de visão. O comunicador social deve estar ciente desta dinâmica, sobretudo em tempos pós-modernos, quando tudo é fluído, instável e incerto.

Na pós-modernidade a verdade é como a erva de chimarrão: verdinha e quente, na forma de infusão, ajuda a quebrar cáculos renais. Mas depois, descartada no lixo, toma a aparência de esterco bovino. Este, aliás, ótimo adubo para plantas. E como já dizia o poeta de boteco: é falando merda é que se aduba a vida...

E viva o Amendoim!

2 comentários:

  1. q amendoim?
    e na sua garrafa tinha cachaça e nao agua...
    e esse palhaço aii hein??? nananaao
    rsrs

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  2. hahha num fala mal Fran kkkkk

    Bem legal o texto
    vou voltar mais vezes aqui

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