Por *Eilson Castro
Em Cuiabá, muito tem se falado na Copa do Mundo. Este talvez seja o momento mais importante da Cidade e de Mato Grosso. Chegou a hora que muitos esperavam, para solucionar diversos problemas, desde a falta de água, esgoto, segurança, saneamento básico e entre outros.
Há agora dinheiro, para as “obras”. Um novo estádio vai ser construído. O turismo será alavancado, o matogrossense herdará uma infraestrutura jamais sonhada por nossos atletas e incentivadores do esporte local.
Parte desse avanço é devido ao pantanal, pois sediaremos a “Copa do Pantanal”. Teremos a divulgação de nossa região, em seus diversos aspectos, principalmente no meio ambiente.
Porém, é importante destacar que todos debatem os milhões e bilhões que virão a Cuiabá. As obras são o centro da atenção, porém pouco se discute do aspecto humano desse evento.
A pergunta que deixo é: O que a Copa do Mundo de 2014 trará para a população de Cuiabá?
Chico Xavier já sabia: vamos colocar a mão na consciência! (Anedota inserida pelo autor do blog e que não reflete necessariamente a opinião do autor deste texto) |
Muito em obras, serviços, turismo e entre outros, todos pensam assim, porém temos de ir adiante. Não temos dúvidas de que a copa trará muitos empregos. Mas, por exemplo, quem serão os “interpretes” que trabalharão aqui? Possuímos hoje essa mão de obra formada? Ou será que 2014 servirá para fomentarmos o ensino e a aprendizagem de “línguas estrangeiras” aumentando o capital cultural de nossa população?
E no período pós – Copa, o que farão esses novos interpretes? Desperdiçar o conhecimento adquirido, ou serão aproveitados em seu potencial criativo. Este é o debate que esse texto pretende lançar. Precisamos preparar a nossa juventude, não especificamente para a Copa do Mundo, mas ter esta como um instrumento que pode potencializar as nossas ações, e formar uma nova Cuiabá.
Mas quem serão as pessoas a serem formadas nesse processo? A nossa juventude, muitas vezes tão esquecida, que merece esse esforço e investimento.
Portanto, devemos pensar em ações permanentes em que 2014 seja o impulsionador de um desenvolvimento, com grandes obras, mas que invista na formação e capacitação continua da juventude em programas e projetos que incentivem a formação de novos postos no mercado de trabalho e absorção da nossa galera, bem como no acesso a cultura, o lazer e a saúde.
* Cientista Social, professor de Sociologia do Ensino Médio na rede pública de ensino em Cuiabá e colaborador deste blog.
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